Política

Marcia Eliza declara apoio a Bolsonaro e critica ‘perseguições e ataques’

Candidata derrotada nas eleições de Taubaté publicou mensagem em defesa do ex-presidente, que esteve na cidade em 2024 para ato de campanha

Da redação | Data: 26/03/2025 21:45

Marcia Eliza, conhecida como Marcia do PL, candidata derrotada nas eleições municipais de 2024 em Taubaté, fez uma publicação nas redes sociais na noite desta quarta-feira, 26, em apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro, que se tornou réu no Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de Estado e abolição do Estado Democrático de Direito.  

Na eleição de 2024, Marcia recebeu 21,56% dos votos, somando 34.277 eleitores.  

Em sua publicação no Instagram, ela exaltou Bolsonaro e criticou adversários políticos.  

"Bolsonaro simboliza o orgulho de ser brasileiro, a valorização das famílias, do desenvolvimento e da soberania nacional. Ele nos ensinou a lutar contra o globalismo e o comunismo, a não aceitar passivamente a dominação da esquerda e a defender nosso país com coragem. Mesmo diante de perseguições e ataques, Bolsonaro segue firme, e nós seguimos com ele. Porque sua luta é a nossa luta. Bolsonaro sempre", escreveu Marcia.  


A candidata derrotada teve Bolsonaro como um dos principais apoiadores de sua campanha no ano passado. O ex-presidente esteve em Taubaté no dia 1º de outubro de 2024, onde participou de um ato eleitoral de Marcia, então candidata à prefeitura pelo Partido Liberal.  

Bolsonaro chegou à cidade por volta das 11h e deu início a uma carreata partindo da avenida dos Bandeirantes, próximo à churrascaria Nova Brescia, no bairro Independência. O evento começou sem a presença de Marcia, que se juntou ao ato posteriormente. Após um breve trajeto, a carreata terminou na avenida Itália, em frente à ‘Casa da Direita’, comitê eleitoral do PL no município, onde Bolsonaro fez um discurso.  

Bolsonaro réu no STF

A maioria da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal votou nesta quarta-feira, 26, pelo recebimento da denúncia contra Bolsonaro, tornando-o réu pelos crimes de golpe de Estado e tentativa de abolir o Estado Democrático de Direito. Ele é o primeiro ex-presidente eleito a responder criminalmente por esse tipo de acusação.  

Os crimes estão previstos nos artigos 359-L e 359-M do Código Penal. O relator da ação, ministro Alexandre de Moraes, destacou que há elementos suficientes para o recebimento da denúncia.  

"Não há então dúvidas de que a procuradoria apontou elementos mais do que suficientes, razoáveis, de materialidade e autoria para o recebimento da denúncia contra Jair Messias Bolsonaro", afirmou Moraes.  

Além desses crimes, Moraes votou para que Bolsonaro também responda por organização criminosa armada, dano qualificado pelo emprego de violência e deterioração de patrimônio tombado. Se condenado, Bolsonaro pode pegar mais de 30 anos de prisão.  

Os ministros foram unanimes.

Acusação da PGR

A Procuradoria-Geral da República (PGR) acusa Bolsonaro de ter conhecimento do plano chamado Punhal Verde Amarelo, que previa o assassinato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente Geraldo Alckmin e do ministro Alexandre de Moraes. Segundo a denúncia, ele também sabia da minuta do golpe, documento que detalhava um decreto para mantê-lo no poder mesmo após sua derrota nas eleições de 2022.  

A denúncia também aponta que Bolsonaro começou a colocar o plano em prática em julho de 2021, ao atacar o sistema eleitoral em transmissões ao vivo, com o objetivo de gerar instabilidade política.  

A maioria da Primeira Turma também votou para tornar réus sete aliados do ex-presidente, entre eles os ex-ministros Braga Netto, Augusto Heleno e Anderson Torres, além do ex-ajudante de ordens Mauro Cid.  



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